18.05.2021
Patrimônio Cultural e Natural da Humanidade, cidade histórica encanta por seu charme, tranquilidade e diversidade de atividades
Um dos lugares mais desejados do Brasil para o turismo, Paraty é perfeita para seus dias de lazer. Seja por um fim de semana, seja por dez dias ou um mês, a cidade reserva um mundo de oportunidades para ser desbravado. De acordo com a publicação Demanda Turística Internacional no Brasil, do Ministério do Turismo, a cidade faz parte da lista dos dez destinos mais procurados por turistas estrangeiros que estiveram no país a passeio em 2019, ano que antecedeu a pandemia. Sol e praia, cultura, natureza, ecoturismo e aventura foram as principais motivações para essa escolha, segundo o levantamento.
Mas outras inúmeras razões poderiam ser citadas para Paraty atrair tantos olhares e interesses. É uma cidade que reúne tudo o que há de mCelhor: passear, comer bem e, de quebra, poder conhecer e ver parte importante da história e da economia do desenvolvimento do Brasil diante dos próprios olhos. Andar por suas ruelas de pedra é como uma aula. Não à toa, ganhou o título de Patrimônio Cultural e Natural da Humanidade pela Unesco em 2019.
Seu conjunto arquitetônico de estilo colonial, com suas casinhas brancas de janelas coloridas e casarões tão próprios, carregam inúmeras referências e simbologias – muitas vezes até misteriosas, desvendadas pelos guias turísticos da região em passeios disponíveis pela cidade.
Localizada no litoral fluminense, Paraty tem grande parte do município dentro do Parque Nacional da Serra da Bocaina. Ela, aliás, é o único lugar onde o parque chega ao mar, em Trindade, como explica o guia Renan de Jesus Pinto da Silva, que exerce a profissão em sua cidade natal desde os anos 1980.
“Essa proximidade congrega o histórico com o natural, e é possível fazer trilhas pela mata e ter acesso a belas cachoeiras. Ainda no entorno, há a possibilidade de visita aos alambiques de produção da aguardente de Paraty, tão famosa em nossa história tupiniquim”, ressalta.
História. O guia explica ainda que há divergências entre os historiadores sobre a data de fundação da cidade. Segundo suas pesquisas, ela teria começado como um vilarejo, no alto do Morro da Vila Velha, em 1531. Mais tarde, com o crescimento, foi descendo para a região em que hoje está seu centro, que se desenvolveu ao redor de uma igreja dedicada à Nossa Senhora dos Remédios, em um terreno doado por uma senhora chamada Maria Jácome de Mello, por volta de 1640.
“Ela fez essa doação com a condição que fosse construída essa igreja pela devoção de sua família à Nossa Senhora dos Remédios. Além disso, exigiu que os índios da região tivessem livre acesso entre a montanha e o mar. Essa área em que hoje está o centro histórico de Paraty vai das margens do Rio Perequê-Açu ao Paratitiba até a subida da serra. Segundo documentos, Paraty passou a ser uma vila emancipada por meio de uma carta régia de 1667. Seu primeiro nome foi Vila Nossa Senhora dos Remédios de Paraty”, conta Renan.
“A igreja, apesar de estar no mesmo lugar e trazer a mesma simbologia, já não é mais a original (menor, feita de taipa e sapê). A atual construção é a terceira matriz no local, terminada em 1863”, esclarece.
A importância econômica do município se iniciou no período colonial, com o ciclo do ouro e sua passagem obrigatória por Paraty. Seus engenhos – com a produção de aguardente e açúcar – e também a trilha do café – que saía obrigatoriamente do porto, após sua produção, no Vale do Paraíba – foram essenciais para a movimentação e a vida econômica da cidade. Após um período de crise, o encerramento dessas atividades e a falência de Paraty, o “ciclo do turismo” chegou para ficar nos anos 1970, após a construção da BR 101, hoje chamada Estrada Rio-Santos.
Além do centro histórico. Com frutos do mar fresquíssimos diretamente para a mesa, drinques gostosos para serem apreciados vendo o pôr do sol e diversas opções de passeios disponíveis, Paraty vai além de seu centro histórico. Ela oferece grandes prazeres, como pegar um barco e sair para mergulhar em uma das enseadas de sua enorme e exuberante baía, tomar um banho em uma de suas inúmeras e cristalinas cachoeiras em um dia de calor, caminhar no fim da tarde pela beira-rio, remar de stand-up na Praia do Jabaquara, caminhar até a Praia do Sono por uma trilha pela mata atlântica, alugar uma bicicleta e pedalar sem rumo.
Quer programar sua viagem para lá? Então anote as dicas.
Como chegar?
Paraty está localizada no litoral fluminense. Caso você esteja no eixo Rio-São Paulo, sua chegada fica mais fácil. Caso você more fora desses estados, a dica é pegar um avião até uma dessas cidades. São cerca de 270 quilômetros da capital paulista e 240 quilômetros da Cidade Maravilhosa: basta um carro ou um ônibus e aproveitar a estrada. O que muita gente não sabe é que Paraty fica muito próxima de Ubatuba, no litoral norte de São Paulo. Se você estiver por lá, vale a pena fazer um bate-volta, porque são apenas 70 quilômetros de distância.
Paraty também tem um aeroporto para aviões de pequeno porte. No fim de janeiro, a companhia aérea Azul começou a disponibilizar voos diretos partindo de São Paulo e do Rio de Janeiro. Para mais informações, como horários e valores, acesse o site oficial da empresa.
Onde se hospedar?
Por ser uma cidade turística, opções de hospedagem não faltam. Há para todos os bolsos; mas, se você não dispensa conforto e sofisticação, separamos ótimas sugestões que farão sua estadia ser incrível.
Um dos locais mais tradicionais para se hospedar, a Casa Turquesa fica no Centro Histórico de Paraty (Foto: reprodução Instagram)
Em um casarão secular, o hotel-butique está a poucos passos do centro histórico. As amplas janelas e os balcões dão charme ao espaço, assim como os tradicionais telhados típicos das residências coloniais. Ao redor da casa estão as montanhas, a Igreja de Santa Rita, construída em 1722, a baía de Paraty e suas ilhas. A isso somam-se os confortos da hotelaria contemporânea, como os lençóis de algodão egípcio, as cores quentes, que enfeitam todo o hotel, e os materiais naturais, como madeira e pedra, para dar vida aos móveis e ares de praia chique à casa.
Situada no coração do centro histórico, a Pousada Literária é tombada pelo Patrimônio Histórico e um convite ao descanso cercado por sofisticação. Exuberância natural também é outro ponto alto do destino, que é oficial da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) desde 2012. A literatura, aliás, dá o tom da casa. Não à toa, há uma grande biblioteca por lá e o restaurante chama-se Quintal das Letras, super-requisitado e aberto ao público.
A caminhada até a praia dura cinco minutos. Um pouco mais adiante está o centro histórico. A ótima localização é apenas um dos diferenciais desta pousada, que está dentro de uma charmosa vila de pescadores. A piscina, por exemplo, tem vista livre para o mar e de lá vislumbra-se o pôr do sol. A decoração minimalista confirma a sofisticação e o conforto de todo o espaço garante dias de relax absoluto.
Casa Colonial
Também nas construções históricas de Paraty, este hotel-butique está na badalada Rua Geralda, tem um jardim encantador e é dividido em dois: a Casa Simon, com cinco confortáveis suítes, e a Casa Colonial 12, com três grandes quartos, ambas igualmente luxuosas e decoradas com esmero e aconchego máximo.
A pousada fica num casarão histórico com arquitetura do século XVIII que estava abandonado até o início dos anos 1980. Porém, após seis anos de reforma, nasceu o Sandi, uma das primeiras pousadas de luxo do pedaço. Ali o contemporâneo e o colonial se misturam com maestria, em que a decoração tropical é recheada de obras de artistas locais. São 27 acomodações de tamanhos e categorias diferentes ligadas pelo conforto. Em comemoração aos 30 anos, a pousada passou por melhorias: a paleta de cores para lá de colorida, mas sem exageros, é uma ode às maravilhas de Paraty, assim como os pisos originais de madeiras nobres foram restaurados. Ainda há uma memorabilia de cinema, incluindo um projetor 35 mm, cartas originais de Rita Hayworth para Jack Warner e recordações de Alfred Hitchcock, refletindo o ramo em que a família proprietária atua.
Em frente à Igreja Matriz, no centro histórico, um imponente conjunto de construções dos séculos 18 e 19 forma a pousada, que funciona ali desde 1989. Como tudo em Paraty tem história, a hospedagem orgulha-se de conservar características de tempos passados, a exemplo de retratos a óleo de antigos proprietários pendurados nas paredes que complementam o ambiente, junto de móveis coloniais. No total, há 20 apartamentos amplos e uma suíte, que contém dois ambientes, todos decorados individualmente e com peças autênticas do acervo familiar. A piscina quadrada é charmosa, rodeada de espreguiçadeiras e sombreada por árvores centenárias.
Paraty é gastronomia, é história, mas também é passeio!
Andar sem pressa pelo centro de Paraty, apreciar o artesanato, tomar um sorvete e conversar com os locais são coisas quase obrigatórias.
Passear de barco em Paraty também é um programa tradicional. A vista para a mata atlântica durante toda a extensão da baía é incrível. Há diversas opções de embarcações, que podem ser contratadas de forma particular no porto de Paraty – e essa é a melhor alternativa, assim consegue-se parar em cantinhos vazios para mergulhar tranquilamente. São 65 ilhas na região, ou seja, muitos lugares para desvendar de barco. Entre as praias mais vazias, recomendo:
Ilha dos Cocos
Ilha do Pico
Ilha Comprida do Norte
Ilha do Malvão
Praia do Engenho
Praia de Santa Rita
Ilha da Rapada (não tem praia, e sim um paredão verde maravilhoso).
A cachaça Maria Izabel é produzida de maneira artesanal desde 1996, no Sítio Santo Antônio, à beira da baía de Paraty, com a cana plantada ali mesmo. Sua qualidade – que a faz figurar entre as melhores do país – é garantida pela atenção e o cuidado em cada etapa da produção, desde o plantio da cana até a cachaça chegar à garrafa.
A proprietária, Maria Izabel, envolve-se diretamente em cada uma das etapas, inclusive encarregando-se do preparo do fermento – sua cachaça é a única em Paraty ainda feita de fermento artesanal, a partir de uma receita tradicional da região. Outro detalhe importante – tornando-a a cachaça com o menor índice de acidez entre as de Paraty – é o uso exclusivo da cana colhida no próprio sítio ou em plantações próximas: assim que cortada, a cana começa a fermentar, e moê-la o quanto antes, no mesmo dia, faz diferença significativa. Por conta da pandemia, o sítio está fechado para visitação, porém em breve deve voltar a receber os turistas.
Se você é um adepto do mergulho ou morre de vontade de experimentar, as águas da baía de Paraty são perfeitas! Com pouca sorte você poderá ver inúmeros peixes, estrelas-do-mar, tartarugas e raias.
Se você gosta de caminhar e não tem medo de subida, uma excursão pelo Saco do Mamanguá por terra e mar é muito legal. Escalar o pico, para ter aquela vista espetacular, ou navegar em canoas canadenses pelo manguezal são dois programas sensacionais! Faça em diferentes dias.
Visitar a Praia do Sono, Antigos e Antiguinhos será um passeio bem legal para quem gosta de caminhar e curte praias lindas e selvagens.
Mais aventura? Descubra uma das lindas cachoeiras por aqui com vista para o mar, como a Cachoeira do Saco Bravo. A chegada é muito difícil, é necessário ter um bom preparo físico, mas é deslumbrante! Aconselhamos a ir com um guia e só se você for mesmo bem aventureira e esportista.
E tem mais: passeios a cavalo, jipe tour, aulas de cerâmica, visita às comunidades caiçaras ou ao quilombo, observação de aves, caminhada com um biólogo para conhecer as maravilhas que nossa floresta oferece, como a diversidade de cogumelos. Passar o dia em Cunha visitando os ateliês de cerâmica também pode ser muito gostoso.
Paraty é um lugar de inúmeras possibilidades. História, mar, mata, passeios diferentes, compras, gastronomia e inclusive a possibilidade de não fazer nada. Só desfrutar do momento e apreciar o que um dos Patrimônios Históricos da Humanidade tem para oferecer de forma orgânica, com sua atmosfera única. Se você é daqueles que não dispensa um drinque ao fim da tarde, com música e ótimas opções de petiscos, Tetê Etrusco, empresária e proprietária de um dos lugares mais procurados para se hospedar na cidade, deu cinco dicas imperdíveis para sua passagem por lá, começando justamente por sua Casa Turquesa.
Confira:
Bons 'Happy Hours'em Paraty, por Tetê Etrusco
Um dos lugares mais charmosos para se hospedar, a Casa Turquesa oferece toda infraestrutura para que sua estadia seja perfeita. Estar lá é como estar dentro do coração de Paraty. A arquitetura e a forma como espaço foi construído, preservando a identidade da cidade, fazem com que seja uma experiência muito agradável para quem busca luxo de forma despretensiosa. E um dos melhores happy hours da cidade pode ser encontrado lá, em um ambiente super agradável. A dica é pedir o drinque “Dry Turquesa” ou uma gostosa caipirinha com a “cachaça da casa”, acompanhados de uma casquinha de siri ou um ceviche com frutas cítricas.
Se é apaixonado por vinho e está na cidade, você não pode deixar de tomar uma taça (ou uma garrafa) no Paraty Wine. Um espaço pequeno, em uma esquina do Centro Histórico, aconchegante e agradável para você degustar a sua uva preferida. São diversos rótulos oferecidos pela casa, que acompanhados das deliciosas e diversas bruschettas do cardápio, compõem o cenário ideal para você terminar (ou começar) a sua noite na cidade.
Em frente à Praça da Matriz, a Casa Coupé é o point quando o assunto é Happy Hour. Um dos bares mais tradicionais do Centro Histórico, ele é conhecido pelos variados petiscos, chope geladíssimo e música ao vivo. Há opções para todos os gostos, de cerveja a vinho, de pizza a porções. Se você é do estilo mais animado, lá é o lugar ideal. As mesas ao ar livre dão um charme especial ao local, que recebe muitos turistas sempre.
Um bar/restaurante lindo e agradável, em um casarão colonial totalmente revitalizado, com uma boa música ao vivo. Esse é o Margarida Café, também no Centro Histórico da cidade. São vários ambientes aconchegantes incluindo jardim de inverno, bar, lounge e outros espaços. Vale a pena conferir, tomar um drinque e ficar para o jantar. O cardápio é extenso.
Praça do Chafariz, R. Cel. José Luiz – Centro Histórico, Paraty /Telefone: (24) 3371-6037
Famoso bar de drinques em São Paulo, o Apothek abriu uma filial em Paraty, em dezembro de 2020. Era o boteco chique que faltava na cidade, com opções incríveis feitas com essências de frutas da Mata Atlântica. Ele está localizado na tradicional Pousada do Sandi. A parceria foi feita com o proprietário do bar, Alexandre D’Agostino, e promete agitar a noites da cidade. O balcão com 12 lugares e um galeria de arte no corredor da pousada ajudam a compor o ambiente descolado e ao mesmo tempo refinado.
Com influência portuguesa miscigenada com a cultura indígena, Paraty tem uma gastronomia pautada pela cultura caiçara, somada aos tropeiros do Caminho do Ouro. A cena gastronômica diversificada tomou conta da mais visitada cidade da Costa Verde fluminense que se transformou também em ótimo local para amantes da boa mesa
Culinária caiçara com sofisticação e requinte. A combinação proposta pelo Banana da Terra não poderia ser mais a cara de Paraty. A casa, comandada pela chef Ana Bueno, está no centro histórico e é um dos endereços mais tradicionais da gastronomia da cidade. As estrelas do cardápio são os frutos do mar. destaque para o siri catado com banana, pimenta biquinho e farinha; e o ceviche com leve espuma de coco. São pratos bastante reconhecidos, assim como o lombo de peixe cozido em molho com especiarias da mata Atlântica sobre purê de banana e crocante de pirão com arroz, e o filé de peixe ao forno com crosta de pimento limão e risoto de palmito pupunha com azeite cítrico de agrião caiçara. Mas vale provar também o couvert, que reúne pães quentinhos de alho e cebola, trio de peixe, bolinho de camarão e sopinha de batata baroa com gorgonzola.
Rua Dr. Samuel Costa, 198, centro histórico / Tel.: (24) 99859-7585 / (24) 3371-1725
Um dos restaurantes mais tradicionais de Paraty, queridinho tanto por participantes da Flip quanto por moradores, o Punto di Vino faz jus ao trocadilho no nome. Seu cardápio italiano tem raízes nas regiões da Toscana e da Sicília, e traz pratos imperdíveis, como o espaguete ao vôngole, servido com conchinhas. E, do forno a lenha, saem pizzas crocantes e deliciosas, que estão entre as mais pedidas pelos clientes.
Como o nome indica, o lugar é também uma ótima pedida para amantes de vinhos, com carta abrangendo regiões produtoras do mundo todo. Tudo isso harmonizado com a música ao vivo, quase sempre jazz ou bossa nova, tocada em seu agradável jardim.
Rua da Matriz, 129, centro histórico / Tel.: (24) 3371-1348
Dentro da Pousada do Sandi, uma das mais tradicionais de Paraty, o Pippo é uma verdadeira instituição da gastronomia da cidade. Num elegante salão em tons de preto e branco, são servidos pratos que remetem à Sicília, região natal do chef Basílio Muscara, o popular Pippo, com direito a muitos frutos do mar, evidenciando uma relação entre a cozinha caiçara da Costa Verde e a tradição pesqueira do sul da “bota”. Reza a lenda que muitos dos peixes servidos na casa são pescados pelo próprio chef, que também prepara ali boa parte das massas que estão no cardápio, que conta com muitas opções veganas.
Vale a pena observar os detalhes da decoração, inspirada no cinema italiano dos anos 1950 e 1960, com fotos de astros nas paredes e até mesmo pratos em homenagem à Sétima Arte, como o Pappardelle alla Dolce Vita (massa de rúcula e gergelim com manjericão, sal azeite, nozes, abobrinha e pistache) e as saladas Sophia Loren (rúcula, alface, mussarela de búfala e tomate seco) e Bardot (rúcula, alface, palmito fresco ecológico, cenoura e abobrinha desidratada).
Rua Ten. Francisco Antonio, 46, centro histórico / Tel.: (24) 3371-2544
Com sólida formação na escola francesa (com direito a diploma do Institut Paul Bocuse, de Lyon) e experiência em restaurantes estrelados na Europa, o chef Alexandre Righetti é o responsável pela gastronomia sofisticada do Bartholomeu Cozinha Contemporânea, que funciona dentro da pousada Bartholomeu. Com grande foco em frutos do mar, Righetti valoriza ingredientes locais em clássicos ou versões criativas de pratos internacionais. O clima romântico do salão interno ou do quintal ajuda a tornar as coisas mais especiais.
O chef está a frente também de outro restaurante da pousada (mas que não fica dentro dela), o Bartholomeu Cozinha Primitiva, voltado sobretudo para carnes. Apesar do pouco tempo de funcionamento, já se tornou a principal referência dessa modalidade na cidade.
Rua Dr. Samuel Costa, 198, centro histórico / Tel.: (024) 3371-5032
Hospedagem oficial da Flip, a Pousada Literária tem, entre seus encantos, o ótimo Quintal das Letras. O restaurante, aberto também para quem não está hospedado ali, é um dos mais reconhecidos de Paraty, muito por conta de seu conceito farm-to-table. Parte do que chega ao cliente no elegante salão com vista para o centro histórico foi produzido na Fazenda Bananal, do mesmo grupo, um exemplo de agricultura sustentável e ecológica na região.
O cardápio “caiçara sofisticado”, assinado pelo chef belga Bertrand Materne, explora a sazonalidade dos alimentos e valoriza os ingredientes locais, que dão o sabor bem especial aos pratos. Os frutos do mar são o forte da casa, mas guarde espaço para a sobremesa, especialmente o trio de crème brûlée.
Rua Ten. Francisco Antônio, 362, centro histórico / Tel.: (24) 3371-1568
O Thai Brasil figura facilmente entre os melhores restaurantes de comida tailandesa do Brasil. Comandado pela chef alemã Marina Schlaghaufer, que decorou sozinha o descontraído ambiente, as opções do menu surpreendem com uma variedade de receitas típicas como saladas, sopas, grelhados, curries com carnes, frutos do mar ou vegetarianos, todos muito bem temperados com as ervas tailandesas cultivados no jardim interno da casa.
Rua do Comércio, 308 A, centro histórico / Tel.: (24) 3371-2760
Localizado logo no início do centro histórico, em frente à Praça do Chafariz, o Margarida Café é facilmente reconhecível por quem passa em frente. O seu ambiente meio kitsch chama a atenção, assim como o clima de festa, com música ao vivo tocada por bandas (antes da pandemia, claro).
O cardápio é variado mas bem executado, com opções para todos os gostos, que vai desde clássicos internacionais a criações exclusivas do chef e proprietário Paulo Renato. Entre os pratos mais conhecidos está o peixe Amyr Klink (filé de peixe da região ao molho de vinho branco e uvas verdes acompanhado de risoto de palmito). A carta de drinques é um destaque à parte, assim como a adega, com mais de 320 rótulos vindos de países produtores como Argentina, Chile, Portugal, Espanha, Itália, África do Sul, Austrália e Estados Unidos.
Praça do Chafariz, centro / Tel.: (24) 3371-6037 e (24) 3371-2441
Há alguns anos, um dos melhores segredos gastronômicos de Paraty era o Sushideck, um trailer dentro de um terreno que dava para um rio, no começo da Estrada Paraty-Cunha. Ali, o chef Bernardo Artuso preparava sua versão criativa da culinária japonesa, com destaque para os pokes, num clima extremamente descontraído. Mas isso é passado.
O talentoso chef hoje compartilha sua cozinha asiática fusion no Pupu’s Peixe Panc, pertinho da Igreja de Santa Rita, num dos melhores pontos do centro histórico. Como o nome entrega, a onda é combinar os frutos do mar (e peixes locais) com plantas e flores comestíveis, as pancs. O resultado são pratos tão saborosos quanto coloridos e fotogênicos.
Rua Marechal Santos Dias, 22, centro histórico / Tel.: (24) 99266-2221
Instalado em frente ao cais de Paraty, o Refúgio é uma opção para quem busca um cantinho mais bucólico e charmoso no centro histórico. É altamente recomendado para o happy hour, com drinks ao pôr do sol, quando o movimento dos passeios de barco já diminuiu. E ainda mais para jantares românticos, nas mesas ao ar livre.
O cardápio traz a combinação de sucesso entre a cozinha caiçara e a gastronomia internacional, com destaque para os ingredientes locais, como as ostras que vêm da Baía de Paraty ou o palmito pupunha retirado dos sítios da área “serrana” da cidade.
Praça da Bandeira 5, centro histórico / Tel.: (24) 3371-2447
Dentro da charmosa Pousada do Príncipe, o Peró é um espaço para se valorizar a gastronomia indígena em Paraty. O estabelecimento, que se define como “uma experiência gastronômica de raiz”, promove uma fusão entre os ingredientes indígenas tradicionais, como a mandioca, peixes frescos, frutos do mar pescados na baía de Paraty, coco, banana e milho, e a culinária tradicional brasileira, com um toque moderno.
Vale a pena provar a moqueca de frutos do mar com arroz de coco e farofa de urucim, ou o robalo em crosta de barú, farofa de farinha de mandioca, com camarão e emulsão de tucupi. Ou mesmo a salada de pancs.
Av. Roberto Silveira , 801, centro / Tel.: (24) 3371-2266
Pertinho do centro histórico, a Praia do Pontal tem aquele jeitão de ponto de encontro de moradores, longe da agitação das áreas turísticas. E é ali, nesse cantinho despretensioso de Paraty, que fica o Quiosque Lapinha, um dos melhores lugares para provar uma verdadeira tradição gastronômica da cidade: o camarão casadinho. São dois camarões-rosa gigantes “abraçadinhos”, recheados com farofa de camarão miúdo.
A receita, saborosa prova da criatividade caiçara, é acompanhamento ideal para as boas caipirinhas feitas com cachaça da terra, que por sua vez são ideais para acompanhar o pôr do sol. Mas se a fome for muita, prove o espaguete aos frutos do mar, outra especialidade da casa.
Praia do Pontal, s/n, Pontal / Tel.: (24) 99916-5355
A menos de uma hora de barco do centro histórico, a Ilha do Algodão é um popular ponto de parada dos passeios de escuna que saem do cais turístico de Paraty. Mas escolha visitá-la em um passeio privado para ter mais tempo para explorar as águas transparentes e pontos de mergulho. E também, claro, aproveitar as delícias do Restaurante do Hiltinho, um dos grandes motivos para uma visita à ilha.
A casa onde o restaurante funciona fica numa área elevada, mas a poucos metros do píer por onde chegam os comensais. As mesas ficam numa varanda ou num quintal, e têm uma vista espetacular para a região. O cardápio é ideal para um almoço praiano, com excelentes opções de frutos do mar. Camarões, lulas, siri, mexilhões, peixes da região, há de tudo.
Ilha do Algodão, Paraty (RJ) / Tel.: (24) 99850-3979
A Ilha da Cotia, que também fica na região de Paraty-Mirim, é outro destino que acrescenta uma bela surpresa gastronômica a seu lindo cenário natural. Ali fica atracado o Barco Bar, criação do simpático Jorge Miguel, um caiçara típico. O lugar é um charme, com mesas, cadeiras, redes e até cortinas para quebrar a dureza do sol em alguns momentos.
O cardápio, claro, é focado em frutos do mar, muitos vindos dos arredores, tudo muito fresco. Não dá para escapar do ceviche e dos pastéis de camarão, por exemplo. E se você estiver num barco próximo e não quiser sair, Jorge Miguel também serve via delivery, e entrega os pratos de seu Barco Bar (inclusive pizza) de canoa.
Ilha da Cotia, Paraty-Mirim, Paraty (RJ) / Tel.: (24) 99903-8022
Conhecido como o único fiorde brasileiro, o Saco do Mamanguá é outra atração imperdível de Paraty. Vale a pena tirar pelo menos um dia de viagem para visitar esse braço de mar, cercado por montanhas cobertas por mata densa. E vale a pena almoçar por lá, especialmente no restaurante do Dadico, um pescador que providencia os pescados fresquíssimos, além de lulas e ostras retiradas da própria região. A carta de drinks é um destaque à parte.
Tudo isso servido em palafitas sobre o mar, com uma vista deslumbrante. As mesas e cadeiras de madeira ou feitas de troncos de árvore, deixam o lugar ainda mais rústico. E a simpatia do próprio Dadico, que é caiçara originário de outra bela costa do Estado do Rio, a Região dos Lagos, é o tempero final.
Saco do Mamanguá, Paraty (RJ) / Tel.: (24) 99930-1612
Um lugar delicioso para almoçar e passear durante o dia, a Fazenda Bananal é uma ótima sugestão se você for a Paraty e quer conhecer além do Centro Histórico. Em contato direto com a natureza, o local oferece diversas atividades educacionais para demonstrar aos visitantes alternativas sustentáveis de produção de alimentos em sintonia com o meio ambiente. Além disso, abre as portas de suas produções orgânicas para visitação, como a sua queijaria.
A cozinha do restaurante é comandada pelo chef Bertrand Materne, que oferece gastronomia de qualidade com produtos cultivados no sistema de produção agroecológicos da fazenda, colhidos todos os dias diretamente para a mesa dos clientes. Um ambiente agradável que vale a pena conferir. No site há mais detalhes sobre todas as atividades que oferecem. Ótima opção para a família inteira.
O local fica perto da Cachaçaria Pratiana, que também vale uma visita. São cerca de 15 minutos pela estrada Paraty/Cunha.
Estrada da Pedra Branca – Paraty / Tel.: (24) 3371-1666
Uma pousada charmosa, no coração da mata atlântica, com um restaurante incrível. Essa é a Le Gited’Indaiatiba, aos pés de uma cachoeira e piscina natural, o privilegiado lugar fica localizado a 16km de Paraty. Ótima opção para hospedagem ou para um passeio para renovar as energias nas águas. Mas se optar apenas por almoçar, não deixe de pedir o maravilhoso ravioli de taioba oferecido pela casa.
Rodovia Rio-Santos (BR-101) Km 562 – Graúna – Paraty (RJ)/Tel.: (24) 99999-9923
O Quiosque São Francisco fica à beira-mar, em um ambiente superagradável pé na areia. Ele é um anexo da Pousada Catarina, na Praia Grande, a cerca de 10km Paraty. Passar o dia nesta praia tranquila, com uma boa música ao fundo, é a sugestão, junto com o ceviche e a moqueca do cardápio – que ganham destaque na minha opinião. O local oferece diversas opções de frutos do mar e drinques. Caso queira se desligar ainda mais, há uma cabana ao lado para fazer uma massagem relaxante ao mesmo tempo em que você escuta o barulho do mar.
Rodovia Rio- Santos km 565,5 – Praia Grande – Paraty (RJ)/ Tel.: (24) 99822-3737
Localizado na Marina Porto Imperial, o restaurante Gastromar foi fundado em 2017 e prioriza ingredientes locais, sazonais e orgânicos – com destaque para os frutos do mar. Aos fins de semana, a casa conta com atrações musicais ao vivo, preferencialmente jazz e blues. A vista privilegiada da Baía de Paraty, o ambiente super agradável, e a excelência que é buscada no atendimento têm objetivo de fazer com que sua experiência seja inesquecível.
BR101 km578,5 – R. Boa Vista, 23970.000 – Paraty (RJ)/ Tel.: (24) 3372-1313
Fonte: Site Oficial CNN Brasil